sexta-feira, 30 de maio de 2014

Breve explicação sobre a diferença entre Racionalismo e Empirismo


A diferença entre empiristas e racionalistas era a de que os primeiros acreditavam que os cinco sentidos (tato, olfato, visão, paladar e audição) seriam o caminho para descobrir a verdade sobre as coisas. Já os racionalistas acreditavam apenas na razão, e que ela, inspirada por Deus, seria o caminho para a verdade. 

Ademais, o debate entre eles era exatamente este: como descobrir a verdade? Através da experiência dos cinco sentidos ou através da atividade da Razão? Nascemos como um folha em branco ou já nascemos racionais? Esse debate só terminou com Kant, o filósofo que uniu empirismo e racionalismo em uma única teoria: nosso conhecimento surge por uma "mistura" de dados dos cinco sentidos e de ideias racionais do sujeito do conhecimento. 

Pequenos conceitos de Racionalismo e Empirismo


Racionalismo: A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa razão. Tendência de observar e compreender o mundo exclusivamente pela razão. Doutrina segundo a qual todo conhecimento se baseia nos dados fornecidos pela razão, e não pelos sentidos ou pela experiência. Descartes deu início a este método.

Empirismo:O termo empirismo tem sua origem no grego empeiria, que significa “experiência” sensorial. A visão de que todo conhecimento de que qualquer coisa que realmente exista deve ser derivado da experiência. Toda doutrina (mas especificamente, as dos ingleses Locke e Hume) para a qual o conhecimento só pode ser alcançado mediante a experiência sensorial, opondo-se assim a todo racionalismo e a toda transcendência metafísica. 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Um pouco sobre o filósofo racionalista René Descartes

René Descartes (1596 – 1650)

“Encontrei-me tão perdido entre tantas dúvidas e erros que me parecia uqe, ao procurar me instriur, não alcançara outro proveito  que o de ter descoberto cada vez mais a minha ignorância” 

Vida
- René Descartes (latinizado Cartesius) nasceu em La Haye em 1596.
- Licenciou-se e, direito pela Universidade de Poiters.
- De 1618 a 1620 se arrolou em vários exércitos que participavam da Guerra dos trinta anos.
- Morreu quando estava na Suécia em 1650 de pneumonia.

Pensamento
- Defende a necessidade de um novo método como início de um novo saber.
- Critica a lógica aristotélica (silogistica) por não remeter a nenhuma heurística.
- Faz críticas ao saber matemático e propõe uma espécie de matemática universal (sem números e sem figuras geométricas). Essamatemática universal seria um modelo para todo o saber.
- A questões levantadas por Descartes vão de encontro ao fundamento do saber.
- As Regras do Método: Descartes quer primeiramente oferecer regras certas e fáceis que, corretamente observadas, levarão ao conhecimento verdadeiro de tudo aquilo que se pode conhecer. No Discurso Sobre o Método, estas regras são quatro:
1) A evidência racional: que se alcança mediante um ato intuitivo que se autofundamenta.
2) A análise: uma vez que para a intuição é necessária a simplicidade, que se alcança mediante a decomposição do complexo em partes elementares.
3) A síntese: que deve partir de elementos absolutos ou não dependente de outros, e proceder em direção aos elementos relativos ou dependentes, dando lugar a uma cadeia de nexos coerentes.
4) O controle: efetuado mediante a enumeração completa dos elementos analisados e a revisão das operações sintéticas.
- Estabelecidas as regras metódicas, Descartes passa a aplicá-las aos princípios sobre os quais o saber tradicional se fundamentos. A condição para esta aplicação é não aceitar como verdadeira nenhuma asserção que seja possível ser posta em dúvida.
- Cogito ergo sum (penso, logo existo): É o princípio teórico primeiro da filosofia cartesiana, originado da dúvida radical: “Do próprio fato de duvidar das outras coisas”, diz Descartes, “segue-se de modo mais evidante e certo que eu existo”, porque “se vê trivialmente que para pensar é preciso existir”.
- Res Cogitans e Res Extensa: Para descartes existe apenas dois tipos de substâncias, distintas e irredutiveis uma à outra: A substância pensante (res cogitans) e a substância extensa (res extensa)
- Res Cogitans: é a existência mental do ser humano, ou seja é uma realidade pensante.
- Res extensa: é o mundo material (compreendendo obviamente o corpo humano).       

https://sites.google.com/site/filosofiaelogica/racionalismoe-empirismo

FILOSOFIA E CRITICISMO



Filosofia, O Criticismo
O criticismo kantiano parte na confluência do racionalismo, do empirismo inglês David Hume e a ciência física-matemática de Isaac Newton. Seu caminho histórico está assinalado pelo governo de Frederico II, a independência americana e a Revolução Francesa.
As questões de partida do Kantismo são o problema do conhecimento, e a ciência, tal como existe. A ciência se arranja de juízos que podem ser analíticos e sintéticos. Nos primeiros (o quadrado tem quatro lados e quatro ângulos internos), fundados no princípio de identidade, o predicado aponta um atributo contido no sujeito. Tais juízos independem da experiência, são universais e necessários. Os sintéticos, a posteriori resultam da experiência e sobrepõem ao sujeito no predicado um atributo que nele não se acha previamente contido (o calor dilata os corpos), sendo, por isso, privados e incertos.
Uma indagação iminente que o levara à sintetização do pensar: Que juízos constituem a ciência físico matemática? Caso fossem analíticos, a ciência sempre diria o mesmo (e não é assim), e, se fossem sintéticos um hábito sem fundamento (o calor dilata os corpos porque costuma dilatá-los). Os juízos da ciência devem ser, ao mesmo tempo, a priori, quer dizer, universais e necessários, e sintéticos objetivos, fundados na experiência. Trata-se pois, de saber como são possíveis os juízos sintéticos a priori na matemática e na física, ("Estética transcendental" e "Analítica transcendental"), e se são possíveis na metafísica ("Dialética transcendental", partes da Crítica da razão pura).
Para os juízos sintéticos a priori são admissíveis na matemática porque essa ciência se fundamenta no espaço e no tempo, formas a priori da sensibilidade, intuições puras e não conceitos de coisas como objetos. O espaço é a priori, não deriva da experiência, mas é sua condição de possibilidade. Podemos pensar o espaço sem coisas, mas não coisa sem espaço. O espaço é o objeto de intuição e não conceito, pois não podemos ter intuição do objeto de um conceito (pedra, carro, cavalo, etc.), gênero ou espécie. Ora, o espaço não é nem uma coisa nem outra, e só há um espaço (o nada, referindo ao espaço).


"Conhecendo o conhecimento": Racionalismo, empirismo e empírico-racionalismo.


Qual a origem do conhecimento?

Será que  todo o conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?
Três respostas são possíveis a esta questão: o empirismo, o racionalismo e o empírico-racionalismo ou intelectualismo.

O empirismo
    O empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é «a posteriori», isto é, provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusivamente as noções matemáticas seriam cópias mentais estilizadas das figuras e objetos que se apresentam à percepção.

O racionalismo
    Os racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o próprio modelo do conhecimento. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matemáticas, que têm origem na razão. Não quer isso dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no. Consideram-no porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O conhecimento, assim entendido, supõe a existência de ideias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.
    Descartes defende uma particular posição no interior do racionalismo: o racionalismo inatista.

O empírico-racionalismo ou intelectualismo
    Para os defensores desta teoria, as nossas representações são construções «a posteriori» elaboradas pela razão a partir dos dados experimentais. Assim, o conhecimento tem a sua origem na experiência mas a sua validade só pode ser garantida pela razão.
    As noções matemáticas são construções racionais a partir da observação dos objetos e figuras que rodeiam o homem. Decorrem de processos de abstração e regularização relativamente à irregularidade das figuras reais.

Disponível com mais conteúdos em: 
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/descartes/conhecimento.html