Qual a origem do conhecimento?
Será que todo o conhecimento procede apenas da experiência? Será que alguns dos nossos conhecimentos têm a sua origem na razão? Ou será que todo o conhecimento resulta de uma elaboração racional a partir dos dados da experiência?
Três respostas são possíveis a esta questão: o empirismo, o racionalismo e o empírico-racionalismo ou intelectualismo.
O empirismo
O empirismo considera como fonte de todas as nossas representações os dados fornecidos pelos sentidos. Assim, todo o conhecimento é «a posteriori», isto é, provém da experiência e à experiência se reduz. Segundo os empiristas, inclusivamente as noções matemáticas seriam cópias mentais estilizadas das figuras e objetos que se apresentam à percepção.
O racionalismo
Os racionalistas consideram que só é verdadeiro conhecimento aquele que for logicamente necessário e universalmente válido, isto é, o conhecimento matemático é o próprio modelo do conhecimento. Assim sendo, o racionalismo tem que admitir que há determinados tipos de conhecimento, em especial as noções matemáticas, que têm origem na razão. Não quer isso dizer que neguem a existência do conhecimento empírico. Admitem-no. Consideram-no porém como simples opinião, desprovido de qualquer valor científico. O conhecimento, assim entendido, supõe a existência de ideias ou essências anteriores e independentes de toda a experiência.
Descartes defende uma particular posição no interior do racionalismo: o racionalismo inatista.
O empírico-racionalismo ou intelectualismo
Para os defensores desta teoria, as nossas representações são construções «a posteriori» elaboradas pela razão a partir dos dados experimentais. Assim, o conhecimento tem a sua origem na experiência mas a sua validade só pode ser garantida pela razão.
As noções matemáticas são construções racionais a partir da observação dos objetos e figuras que rodeiam o homem. Decorrem de processos de abstração e regularização relativamente à irregularidade das figuras reais.
As noções matemáticas são construções racionais a partir da observação dos objetos e figuras que rodeiam o homem. Decorrem de processos de abstração e regularização relativamente à irregularidade das figuras reais.
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http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/descartes/conhecimento.html
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